Com as aulas suspensas e filhos em casa com muita energia para gastar os pais que moram em apartamento optam por descer com as crianças para o parquinho. Mas será mesmo uma boa ideia?
A pediatra e presidente da Associação Brasileira de Asmáticos, Zuleid Dantas Linhares Mattar, é enfática. “Parquinho do prédio não. As atividades em playground podem ser fontes de contaminação porque as pessoas vão tocar nos brinquedos e nos elevadores disseminando o vírus, justamente o que não queremos neste momento.”
Para quem mora em casa e tem quintal a pedriatra não faz nenhuma restrição. Apenas dos cuidados de sempre: lavar bem as mãos e usar álcool em gel.
Ficar com os filhos em casa não é tarefa fácil, exige criatividade e muita paciência. Confira algumas dicas para passar esse período de quarentena:
Em praticamente todo o país as aulas foram suspensas. No estado de São Paulo, o governador João Doria (PSDB), orientou na última sexta-feira (13) que as escolas públicas e privadas suspendam as aulas gradualmente até o dia 23 por causa do coronavírus. O que fazer com as crianças caso os colégios não ofereçam atividades pela internet? Como manter o ritmo de aprendizado das crianças? O R7 reuniu algumas dicas para os pais que querem adaptar os estudos a essa nova situação.
Não é um período de férias e é importante deixar isso claro. Em primeiro lugar, os pais devem organizar uma rotina com seus filhos para manter uma regularidade e equilíbrio no aprendizado. Ao fazer isso, é importante adaptar brincadeiras e atividades no dia a dia das crianças para que tragam uma carga educativa e lúdica ao mesmo tempo. Resgatar brincadeiras de infância como pular corda ou amarelinha, pode ser interessante como atividade física. Trabalhos manuais desenvolvem a coordenação motora. No Instagram contadores de histórias fazem lives. Ainda tem a opção de jogos educativos e os canais do Youtube.
Crianças de 6 meses até 3 anos de idade precisam trabalhar as áreas do cérebro voltadas à atenção, a memória operacional — que está relacionada ao raciocínio e aprendizado — e a linguagem. Brincadeiras simples, como “esconde/achou” ou jogos de imitação, que envolvam repetições de gestos ou ações, já funcionam como bons desafios para exercitar a mente dos pequenos.
Leitura, uma atividade para todas as idades. Vale resgatar os clássicos ou mesmo arriscar um novo título. Um momento para a família relembrar histórias que marcaram a infância. Fazer uma cabaninha com lençol e ler um livro com uma lanterna é divertido. A Fundação Biblioteca Nacional oferece um acervo digital rico com obras da literatura infanto-juvenil de graça.
Os pais podem contar com uma ajuda das redes sociais. No Instagram é possível acompanhar lives de contação de histórias para todas as idades. Na página da Fafa Conta, às 10h30 (segunda, quarta e sexta) e 16h30 (terça e quinta) tem leitura de livros. Mãe que Lê todos os dias às 11h. Carol Levy oferece vídeos explicativos para as crianças.
Vale a pena investir em brincadeiras que estimulem a criatividade e a coordenação motora dos pequenos. Massinha é uma boa pedida. Os pais podem fazer a massinha em casa usando farinha de trigo e se o processo for realizado em parceria com os filhos torna a brincadeira ainda mais divertida. Jogos de montar e encaixar peças exigem também atenção e foco. Bolinha de sabão é distração garantida.
A fase de transição entre a pré-escola e o ensino fundamental exige outro tipo de preparação e cuidado. Essa é a etapa em que as crianças começam a brincar em grupo. Os pais devem estimular a criação de histórias e promover brincadeiras que exijam coordenação, movimento e atenção, podendo usar músicas como pretexto.
Brincadeiras antigas ajudam a gastar energia e não exigem muito espaço. Um corredor de casa pode se transformar em amarelinha. Pular elástico ou corda e brincar com o bambolê também desenvolvem a coordenação. Lembra do Vivo ou Morto? Levantar e abaixar de acordo com o comando. Tem quintal? Uma varanda? Bola na parede.
Para as crianças que estão cursando no ensino fundamental I é interessante manter o foco nas matérias já apresentadas. Atividades que envolvam a escrita ou o ato de soletrar, como jogar Stop, podem e devem ser adaptadas e reinventadas para ajudar os pais na tarefa de educar. Encontrar as palavras na forca também vale. O blog Papo da Professora Denise, organizado pela pedagoga, ensina brincadeiras convencionais reestruturadas para serem reproduzidas em casa como o “Triminó da adição” (foto) é um exemplo de como um jogo conhecido como o dominó pode ser adaptado para brincar de adição.
Lembra dos jogos de tabuleiro? Vale fazer uma busca no armário. Além de entreter, os jogos desenvolvem aspectos sociais, cognitivos e desenvolvem o lado afetivo de saber ganhar ou perder. O velho bingo pode ser adaptado para contas matemáticas ou português.
Um bom filme em família é um jeito suave de aprender. Vale resgatar animações como o Wall-E que discute ecologia como O Pequeno Nicolau, quando o menino descobre que vai ganhar um irmão e com receio de perder a atenção dos pais se envolve em muitas aventuras. Para os mais velhos, a dica é assistir Um Sonho Possível, que discute a questão racial.
Durante a pré-adolescência os interesses e as necessidades mudam. Por isso, o YouTube pode ser útil para entreter e educar. O canal Manual do Mundo é o maior canal de ciência e tecnologia em Língua Portuguesa, segundo o Guinness Book e ultrapassa 2 bilhões de visualizações. Através do foco no aprendizado através de experiências, viagens e mais, o canal mantém um conteúdo informativo e relevante para toda a família.
O canal Se Liga Nessa História também é uma ótima opção para aqueles que buscam aprender de uma forma mais descontraída. Seu público alvo é adolescentes, principalmente aqueles que estão se preparando para o vestibular. Conduzido pelo professor Walter Solla, assuntos de ciências humanas, linguagens e redação são tratados de maneira rápida fácil e bem-humorada.
O SpaceTodayTV é um canal voltado para a divulgação da astronomia em português. Temas das áreas de astronomia, astrofísica, astronáutica e áreas afins são debatidos com base nas últimas pesquisas científicas*Estagiário sob supervisão de Karla Dunder.
Fonte: R7
Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.