Nos arredores do monte submarino e do vulcão subaquático, L?”ihi, cientistas estão realizando estudos focados na possibilidade de se encontrar vida alienígena. Abordo do Nautilus, veículo de exploração marinha, eles implantarão duas sondas operadas remotamente para simular ações em outro mundo. A missão, que é uma parceria entre a NASA e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos EUA, e algumas instituições acadêmicas, faz parte do projeto que recebeu o nome de Subsea.

 

De acordo com a geobióloga da NASA, e um dos principais nomes do projeto, Darlene Lim, os pesquisadores desejam ganhar experiência com a “telepresença”. Isso consiste no uso de áudio, vídeo e demais conexões que possam auxiliar no controle de robôs à distância. A telepresença vai ajudar os cientistas a direcionarem os robôs em Marte, por exemplo, com qualquer sinal de vida, como os micróbios.

 

Fontes de vida

A região onde está localizada o vulcão, a cerca de 30 km da costa sudeste do Havaí, é repleta de fontes hidrotermais, aonde a atividade vulcânica ocasiona o despejo de água em alta temperatura, rica em mineiras das profundezas do mar. No local, a biodiversidade é muito rica e podem ser encontrados os mais variados tipos de vida. Hércules e Argus, como foram chamadas as sondas, medirão a composição química da água e estudarão todo o ecossistema em volta dessas fontes.

 

Astrônomos reconheceram na última década que  é provável que em uma lua de Saturno, chamada Encélado, e em outras luas que possuem água em nosso sistema solar, possam existir fontes similares a essas. O que acabou levantando o questionamento se seria possível encontrar vida nelas também.

 

“Estudar L?’ihi fornecerá uma visão dos mundos oceânicos e nos permitirá testar nossas previsões sobre sua habitabilidade”, afirmou Lim. As especulações que rodeiam o projeto são frutos das descobertas da sonda espacial Cassini, da NASA, que entre 2004 a 2017, orbitou Saturno. Segundo as informações coletadas pela sonda, Encélado possui um grande oceano subterrâneo de cerca de 32 km de profundidade.

 

Jatos de água no polo sul da Lua serviram para comprovar a suspeita de fontes hidrotermais. Análises ainda revelaram que o oceano em Encélado é rico em compostos orgânicos, o que acaba diretamente aumentando as expectativas dos cientistas. Planos começaram a ser elaborados para derreter algumas camadas de gelo, para tentar localizar vestígios químicos de vida ou até mesmo micróbios congelados.

 

Um mar de gelo e vida?

Entretanto, tais planos ainda se encontram em fase de criação, uma vez que são julgados como arriscados. “Temos uma teoria sobre que poderia estar acontecendo nas aberturas de outros planetas, mas isso é totalmente isento de dados”, explica o geólogo e cientista-chefe da Subsea, Chris German. Ainda são necessários mais estudos para compreender as condições em Encélado, uma vez que ainda não temos conhecimento suficiente sobre as fontes hidrotermais terráqueas.

 

“Oitenta por cento delas ainda não foram explorados e estamos tentando explorar o resto do sistema solar. É como se estivéssemos trabalhando com um braço amarrado nas costas e colocando um tapa-olho. Eu quero ser capaz de responder: ‘Se estamos lançando um submarino para o oceano de Encélado, que ferramentas ele deveria levar com ele?'”, disse German.

 

O monte L?”ihi foi escolhido devido a sua temperatura e pressão serem semelhante ao que os cientistas imaginam que aconteça no oceano de Encélado. Dessa forma, eles acreditam que a sua exploração vai ajuda-los a eliminar incertezas em relação a uma futura missão na Lua. Os pesquisadores inclusive já pensam em uma missão em um outro local, a luda de Júpiter, Europa.

 

Assim como acontece em Encélado, Europa possui um oceano potencialmente habitável sob sua superfície gelada. Os pesquisadores ainda não sabem ao certo se fontes hidrotermais estão presentes, como na Lua em Saturno. Entretanto, a NASA planeja enviar uma sonda, chamada Clipper, em 2020, para descobrir tal informação.

 

“Se o Europa Clipper puder nos mostrar exatamente onde o oceano se abre na superfície, então a primeira amostra nos dará informações realmente úteis sobre o processo que está acontecendo por baixo”, afirma German.

 

Humanos e Robôs

Assim como German, Lim se mostra super empolgada na perspectiva se encontrar organismos alienígenas em mundos oceânicos. No entanto, para ela, além de um teste para missões nessas Luas, o projeto Subsea é um grande aprendizado e experimento na interação homem-robô. Ela acredita que no futuro robôs poderão nos ajudar a intensificar a exploração do espaço, incluindo locais em condições extremas como Marte.

 

O que além de mais seguro, seria mais barato do que ter que levar humanos até esses lugares. Por isso, experimentos como o Subsea são tão importantes, uma vez que o auxilio de robôs para exploração no espaço ainda não chegou em sua total potencialidade. “Enquanto estamos no mar, vamos explorar o desconhecido. Este projeto combina ciência oceânica, ciência planetária e exploração humana. Para mim, é um sonho tornado realidade”, afirmou Lim.

 

Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com os amigos.

 

Fonte: Fatos Desconhecidos 


Obs: As informações acima são de total responsabilidade da Fonte declarada. Não foram produzidas pelo Instituto Pinheiro, e estão publicadas apenas para o conhecimento do público. Não nos responsabilizamos pelo mau uso das informações aqui contidas.