Não existe quem goste mais ou menos de Educação Física. Ou a pessoa detesta ou ama – no primeiro grupo, temos aqueles que não curtem nem o alongamento, que sofrem com o aquecimento e que são sempre os últimos a serem escolhidos na hora de formar times; no segundo grupo, temos os queridinhos dos professores, os que fazem os gols e os pontos e, claro, os que montam seus próprios times. A qual dos dois grupos você pertence?
Independente de qual seja a sua resposta, há algo interessante sobre esse assunto: não apenas é recorrente que algumas pessoas sejam sempre escolhidas por último na hora de formar times nas aulas de Educação Física, como existe fundamento científico para explicar esse padrão de comportamento.
Uma publicação recente da Vox reuniu alguns fatos sobre o tema, que foram coletados com base em 33 estudos. Entre as descobertas estão conclusões como a de que a prática pode representar apenas 18% da razão pela qual um jogador é considerado melhor do que outro – ao que tudo indica, algumas pessoas são simplesmente melhores em termos de esportes, independente de treinarem ou não.
Treinar para quê?
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Isso não quer dizer, obviamente, que, se alguém se dedicar cada vez mais aos treinos de determinado esporte, os resultados não aparecerão. Pelo contrário! A questão é que algumas pessoas são melhores do que as outras quando o assunto envolve a prática de algum tipo de esporte: “Algumas pessoas melhoram muito rapidamente com menos prática, enquanto outras precisam de muito mais prática”, explicou Brooke Macnamara, que faz pesquisas sobre o tema.
A questão dos 18% é realmente válida, e se aplica a modalidades completamente diferentes de esportes, como boliche e hockey. A mesma análise revelou que a idade com a qual se começa a praticar algum esporte não interfere nessa percentagem.
Para Macnamara, existe um conjunto de fatores que explica por que algumas pessoas têm melhores desempenhos em termos físicos do que outras. Entre esses fatores, que certamente estão presentes nos 82% restantes da equação de um bom atleta estão: personalidade e perseverança, propensão a se ferir, propensão a sofrer com pressão, diferenças fisiológicas de consumo de oxigênio, diferenças de ganho de massa muscular, coordenação, altura e prazer por competir.
Adaptar-se é necessário
Opa!
Fica mais do que claro, portanto, que muitos são os fatores capazes de determinar o desempenho de uma pessoa em relação à prática de esportes, por isso é difícil eleger apenas um elemento como sendo o principal ou mais importante. Macnamara reforça, no entanto, que isso não deve ser usado como desculpa para nem tentar praticar alguma atividade física.
Para ela, 18% é um valor alto, e a ideia é apenas rebater teorias de que qualquer pessoa pode se tornar atleta contanto que treine. Se você se encaixa no grupo de pessoas que fogem de Educação Física a todo custo, lembre-se de que um dia esses momentos de martírio irão passar.
Além do mais, essa pesquisa nos faz considerar outros esportes, afinal é bom manter o corpo em movimento. Se o seu problema é coordenação, por exemplo, talvez você possa fazer caminhada ou ciclismo em vez de insistir em jogar tênis. A regra é se adaptar.
Fonte: Mega Curioso
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