maus tratos e abandono de animais

Há milhares de anos, nossos antepassados passaram a conviver com cães e gatos, dando início à, provavelmente, mais sólida parceria entre espécies da história. Tudo começou para atender a conveniências: cães ajudavam na caça e gatos mantinham os roedores a distância — garantindo também a própria refeição. A camaradagem evoluiu e vínculos profundos se formaram. Hoje os pets conquistaram o status de membros da família.

 

Muito além das alegrias cotidianas, conviver com um bicho de estimação é um privilégio — pesquisas mostram que isso nos deixa mais felizes e saudáveis. Mas nessa história nem tudo é amor e fidelidade. Há também milhões de animais vivendo e sofrendo em estado de abandono. O mais doloroso é saber que boa parte deles já teve um lar e foi descartada por seus tutores.

 

Esse fato lamentável é atestado pela equipe da Arca Brasil: todos os dias recebemos chamadas telefônicas e e-mails de pessoas querendo se desfazer de seus outrora melhores amigos. Os motivos? Doença na família, dificuldade financeira, falta de tempo, pouco espaço…. Alguns genuínos, mas a maioria por questões fúteis.

 

Orientamos da melhor maneira possível, mas não é tarefa fácil explicar que não há lugar capaz de acolher, de forma adequada, tamanho contingente. Mais penoso ainda é tentar reverter a intenção do abandono, alertando sobre a dor da separação.

 

Com a missão de transformar esse cenário e semear conscientização sobre as necessidades e direitos dos bichos, a Arca Brasil elaborou, há 20 anos, os 10 Mandamentos da Guarda Responsável de Cães e Gatos, um marco da proteção animal no país e que não poderia deixar de aparecer nesta coluna:

 

Antes de levar um pet para casa, considere que ele pode viver de dez a 20 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos para mantê-lo e quem cuidará dele, inclusive nas férias.
Adote animais de abrigos públicos e privados em vez de comprar por impulso.
Informe-se sobre as características e necessidades do cão ou gato escolhido.
Forneça abrigo, alimento equilibrado, ambiente limpo, exercícios e rotinas adequados.
Cuide da saúde do animal, propiciando higiene e consultas regulares ao veterinário.
Zele pelo bem-estar do bicho e aprenda sobre seu comportamento.
Eduque o animal. Se preciso, com um adestramento respeitoso.
Recolha e descarte as fezes em local apropriado.
Identifique o animal com plaqueta e registre-o no Centro de Controle de Zoonoses, adotando o microchip permanente.
Evite as crias indesejadas, uma das principais razões do abandono.

 

Fonte: Saúde Abril


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