Mas, o que é resiliência?

Resposta: Resiliência = dar a volta por cima

O processo de envelhecimento se caracteriza como uma trajetória na qual estamos expostos a eventos e transições.

Mas também podemos vivenciar um tempo de criar estratégias de confrontação e resolução de desafios a partir das oportunidades e de nosso potencial adaptativo.

Assim, é importante conceber os idosos como agentes e não condenados a sofrer passivamente os impactos negativos desses acontecimentos e mudanças pelas quais passam.

Desgastes, perdas e declínios podem ser por vezes inevitáveis e podem desencadear em inúmeros desafios adaptativos.

Porém, há recursos e potencialidades que podem se constituir em um mecanismo multideterminado e mediador nesse processo de envelhecimento.

Dentre esses, tem-se a resiliência, que se configura como um novo conceito de uma realidade antiga, discutida ao longo dos anos, por áreas como a Física e a Medicina.

 

 

O que afinal será o que significa resiliência?

 

Ser resiliente significa ter capacidade de recuperação e manutenção do comportamento adaptativo frente a ameaças e eventos estressantes, possibilitando níveis normais de desenvolvimento.

Na psicologia e áreas afins, a resiliência é compreendida como a capacidade humana de enfrentar as adversidades, e proporciona ao indivíduo ser transformado por esses fatores potencialmente estressantes, adaptando-se ou superando tais experiências traumáticas.

Trata-se da capacidade para se desenvolver normalmente sob condições difíceis ou de risco e, que todas as pessoas, em menor ou maior intensidade, terão de enfrentar enquanto estiverem vivas.

A resiliência e a interação entre fatores de risco e de proteção (explico mais abaixo) podem se integrar ao longo de toda a vida humana, seja na infância, na adolescência, na fase adulta ou na velhice.

Nesse sentido, pode-se envelhecer bem, com saúde e de forma satisfatória na medida em que o indivíduo ou um grupo social consegue agir de forma resiliente diante dos riscos e situações estressantes.

 

Muitas pesquisas da área têm como base a seguinte pergunta:

 

Como alguém que se encontra exposto a situações e experiências consideradas de risco e prejudiciais ao seu desenvolvimento conseguem se adequar às demandas do dia a dia?

Na terceira idade, as situações de risco vivenciadas são inerentes ao próprio processo de envelhecimento e estão associadas a outros eventos que permeiam a vida dos idosos.

Isso permite pensar a resiliência não apenas como um atributo inato ou adquirido, mas sim um processo interativo e multifatorial, envolvendo aspectos individuais, o contexto ambiental, a quantidade e qualidade dos eventos de vida, e a presença dos fatores de proteção.

Os fatores ou mecanismos de risco são considerados eventos da vida adversos e são vislumbrados como obstáculos individuais ou ambientais que aumentariam a predisposição individual, que potencializa os efeitos de um evento estressor (por exemplo uma saúde frágil).

 

 

Capacidade de resiliência – Estar bem psicologicamente

 

Também pode ser de natureza psicossocial ou sociocultural, os quais acabam por resultar em perturbações psicológicas, respostas mal-adaptativas e consequentes resultados negativos para o desenvolvimento do indivíduo.

Os fatores de proteção que constituem em características potenciais na promoção de resiliência, podem minimizar os eventuais efeitos negativos ou disfuncionais na presença do risco; além da possibilidade de modificar, melhorar ou alterar a resposta pessoal a um perigo ambiental.

Um exemplo de fator de proteção é o apoio da família, uma rede de apoio dos amigos e da comunidade.

Assim os fatores de proteção não necessariamente eliminam os riscos, mas encorajam o indivíduo a superá-los, atuando como mediadores e protetores da adversidade.

 

 

Os fatores de proteção se inter-relacionam com:

 

Fatores individuais:

  • Temperamento, capacidade para resolver problemas, autoestima, autonomia, inteligência, autocontrole, auto eficácia e competência social;

 

Fatores familiares:

  • Coesão, estabilidade, respeito mútuo, apoio, vínculo;

 

Fatores relacionados ao apoio social externo:

  • Relações com pessoas significativas nas atividades de estudos em geral ou de entretenimento, na igreja ou em grupos sociais.
  • Esses fatores não devem ser apenas identificados, mas também compreendidas suas associações e a forma como atuam na redução dos impactos da adversidade.
  • Apresentar uma visão positiva do futuro proporciona ao idoso buscar adaptações e recursos internos para lidar com as adversidades e a manter condições adequadas para a manutenção do bem-estar psicológico.

 

Veja este vídeo que transmite e define muito bem sobre o que é resiliência:

 


Fonte: https://avovo.com.br/capacidade-de-resiliencia-estar-bem-psicologicamente/


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