Uma das maiores preocupações das autoridades e da sociedade civil quando se trata do novo coronavírus é que o número de infectados que precisam de internação ultrapasse a quantidade de pacientes que o sistema de saúde consegue absorver. Por isso, a comunidade científica se mobiliza com pesquisas e projeções sobre quando e como isso pode ocorrer.

 

Uma ferramenta muito útil para esse tipo de situação são os gráficos. Com eles, é possível estimar quando esse problema pode acontecer se medidas de contenção não forem tomadas, como o isolamento social.

 

Um gráfico específico que ficou bem famoso logo no início da crise é o de número de casos confirmados. É com ele que se discute a questão do achatamento da curva de contaminação para que não se ultrapasse a capacidade do sistema de saúde.

 

“Esses gráficos são construídos a partir de números oficiais e o histórico de outras pandemias. Esse caso está apresentando projeções bem específicas e ele é histórico, porque vem gerando números e mobilizações pelo mundo que são diferentes de outros casos recentes”, diz Ricardo Suzuki, professor e autor de Matemática do Sistema de Ensino pH.

 

Segundo o especialista, é fundamental entender a questão da curva exponencial, a partir dos dados de secretarias e ministérios, para sabermos se a quantidade de leitos está compatível por exemplo, e fazer outras análises importantes.

 

Crescimento exponencial
A função exponencial aparece na forma f(x)=aX, sendo a um número real, maior que zero e diferente de um. E o crescimento exponencial é aquele que por um período sofre a multiplicação por uma constante, que inicia de forma gradual, mas que se acentua rapidamente. Veja como ficaria graficamente.

 

“Digamos que você tem um crescimento no número de infectados em uma região em que, a cada três dias, a quantidade de pessoas doentes triplique. No primeiro dia, descobre-se um infectado, que logo serão três, e depois nove, 27, 81… O crescimento exponencial, com o passar do tempo, é gigantesco”, diz o especialista.

 

Existe também o decrescimento exponencial, que é o que se espera que aconteça com o número de casos da doença após se atingir o pico. Hoje esse é o esforço dos países.

 

Decrescimento exponencial

Crescimento exponencial no vestibular
Essa questão pode cair nas provas de várias formas, como abordando o crescimento de colônia de bactérias, o que também é exponencial. “Teremos muitos vestibulares fazendo referência a esses gráficos esse ano e, possivelmente, nos dois anos seguintes, citando 2020. Isso porque essa é uma crise mundial e não tem como o estudante não ser afetado por ela, o que torna muito mais relevante cobrar isso em questões interdisciplinares ou exclusivamente de Matemática”, diz Ricardo.

 

Os gráficos, principalmente o de crescimento no número de infectados com o passar dos dias, devem ser cobrados no conceito de função exponencial, que por sua vez pode se expandir para logaritmo, função logarítmica, propriedades de potência etc. Acompanhe as notícias sobre a doença em veículos confiáveis e retome o estudo do conceito básico de cada um desses assuntos.

 

Além do crescimento exponencial
Segundo o professor, exercícios de matemática básica também podem ser cobrados, como ocorreu na época da H1N1 e da dengue. Estariam associados a porcentagem e cálculos para se descobrir a quantidade da população infectada. Questões que trabalhem com probabilidade de contaminações e interdisciplinares com Biologia também podem se destacar.

 

Segundo o professor, considerando as discussões sobre a economia dos países, existem várias formas de relacionar o coronavírus e a matemática financeira. Juros simples, juros composto e tipos de empréstimo também merecem a sua atenção.

 

Fonte: Guia do Estudante.


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