O gênero já teve seus altos e baixos, mas sempre esteve presente e com uma variedade de subgêneros dentro de si. Tanto é que é o gênero mais assistido no cinema. E os amantes desse gênero testemunharam um recente ressurgimento em termos de popularidade, principalmente na última década.
Contudo, nos tempos atuais, a maior parte dos filmes de terror é bem complexa e funciona quase que como um ensaio a respeito da natureza humana e dos anseios sociais da sociedade. Só que “M3gan” veio na contramão disso tudo e é uma produção que ri de si mesma.
O filme estreou no Brasil na última quinta-feira e tem a mesma linha que “Brinquedo Assassino” de 1988, ou seja, não se leva tão a sério e consegue tirar sarro da própria premissa, que é uma boneca que mata pessoas.
- Filme
Por mais que o filme tenha se inspirado no clássico, ele não é uma regravação, tanto que “M3gan” é uma produção que se sustenta sozinha, dando uma visão moderna para esse tema. Além disso, também faz referências à cultura pop moderna e alguns comentários sociais, mas sem moralismos.
No filme, M3gan é criada por Gemma, uma engenheira, como um protótipo para uma grande empresa de brinquedos. Como a boneca é um protótipo, ela acaba sendo testada pela sobrinha da engenheira, Cady, uma criança que acabou de perder os pais em um acidente e foi morar com sua tia.
Como a boneca é feita com uma inteligência artificial, essa androide acaba ajudando Cady a lidar com seu luto. Mas, claro, essa ideia logo não se torna a melhor quando M3gan tem a diretriz de “proteger” sua dona e um “a qualquer custo” implícito com isso.
Tendo isso em mente é que vem as partes de terror do filme, nas quais a boneca protege sua dona de tudo e todos.
O roteiro do filme foi escrito por Akela Cooper a partir de uma ideia que ela teve junto com o cineasta James Wan. E mesmo que ele realmente abrace o ridículo, o roteiro do filme se sustenta.
- Terror?
Desde o começo do filme, quando se vê um comercial de um brinquedo que faz cocô e é controlado via tablet, “M3gan” mostra que não está tão interessado na parte do terror, mas sim nas risadas tiradas dos espectadores, sejam elas de nervoso ou realmente engraçadas.
Na produção, a boneca dança, corre feito bicho, canta “Titanium”, e mata algumas pessoas. Ou seja, M3gan aterroriza, mas também diverte. E ao contrário da maior parte dos filmes de terror atuais, que vêm para fazer pensar, o objetivo de “M3gan” é apenas divertir.
Muitas pessoas podem não ter gostado tanto justamente pela falta do terror, porém, isso não quer dizer que a história da boneca para por aqui. O chamado “M3gan 2.0” já está confirmado para 2025, o que mostra que o público ainda deve acompanhar a saga da boneca por um bom tempo.
- Mais assustadores
Por mais que “M3gan” não seja o filme de terror mais assustador, o gênero tem várias produções capazes de deixar quase todos com medo. Tanto é que o site “Broadband Choices” usou a ciência do susto para formular um ranking dos filmes mais assustadores de todos os tempos.
Para criar esse ranking, eles primeiro analisaram listas de críticos e recomendações do “Reddit” para escolher os 50 melhores filmes de terror. Depois disso, 50 pessoas assistiram os longas enquanto tinham monitores de frequência cardíaca.
Como resultado, os filmes que fizeram as pessoas terem a média de batimentos cardíacos mais elevados foram os escolhidos para figurarem no ranking dos 10 mais assustadores de todos os tempos. São eles:
- 10° – A Visita
- 9° – Abismo do Medo
- 8° – O Babadook
- 7° – Invocação do Mal 2
- 6° – Corrente do Mal
- 5° – Atividade Paranormal
- 4° – Hereditário
- 3° – Invocação do Mal
- 2° – Sobrenatural
- 1° – A Entidade
Fonte: https://www.fatosdesconhecidos.com.br/m3gan-nao-se-leva-a-serio-e-e-um-terror-engracado-e-autoconsciente/
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