Um estudo realizado na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, confirmou algo que o senso comum já apontava: quem mantém uma rotina de exercícios físicos tende a comer de maneira mais saudável e equilibrada.

 

Os cientistas chegaram a essa conclusão depois de analisar por 15 semanas o padrão alimentar de 2.680 universitários com idades entre 18 e 35 anos.

 

Durante o experimento, os voluntários, que eram sedentários, passaram a adotar uma rotina ativa com meia hora de exercícios aeróbicos três vezes por semana. Eles podiam escolher entre bicicletas ergométricas, esteiras ou aparelhos elípticos e tinham sua frequência cardíaca monitorada para registrar a duração e intensidade do exercício.

 

Por meio de um questionário, eles registraram seus hábitos e padrões alimentares antes e após o treinamento físico. No total, foram realizadas 4.355 observações, com 102 itens alimentares analisados.

 

No final do período, os pesquisadores observaram que, embora os universitários não fossem instruídos a mudarem seus padrões alimentares, houve uma tendência natural de escolha por alimentos saudáveis e redução da vontade de petiscar.

 

Uma maior duração do exercício foi associada à redução das preferências pelo padrão alimentar ocidental, com consumo alto de gorduras, carne vermelha e carboidratos e consumo mínimo de frutas e vegetais de folhas verdes.

 

Já quando a intensidade do exercício era maior, houve um aumento da preferência por frutas, verduras, legumes, peixes e aves. Uma dose maior de exercício foi relacionada à menor preferência pelo padrão de lanches, que é caracterizado pela ingestão de alimentos de alta energia e baixa densidade de nutrientes, como doces, sorvetes e salgadinhos fritos.

 

Pesquisas anteriores já tinham descoberto que o exercício moderado pode reduzir a preferência por alimentos ricos em gordura animal por conta de mudanças nos níveis de dopamina. Outros estudos também já mostraram uma associação entre a intensidade do exercício e a quantidade de hormônios reguladores do apetite no organismo.

 

Essas evidências confirmam por que a atividade física pode ser um caminho possível para criação de hábitos alimentares saudáveis e uma dieta mais equilibrada.


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