É natural apelar para um doce gostoso diante de uma frustração ou momento estressante. E não há nada de errado em buscar um conforto e prazer na comida de vez em quando, o problema é quando isso vira algo corriqueiro e perde-se o controle da quantidade.

 

“Algumas pessoas, por exemplo, não conseguem diferenciar a sensação de fome de outras sensações como a ansiedade, frustração, raiva, tristeza e vazio”, afirma a nutricionista Luiza Mattar.

 

Segundo ela, muitas vezes, esse comportamento é moldado ainda na infância, quando os pais oferecem comida como expressão de afeto ou premiação. “Crianças que aprendem a aliviar qualquer desconforto com alimentos tendem a seguir esse padrão durante a vida adulta, e confundir os tipos de fome”, explica.

 

8 PERFIS PARA SEGUIR E EQUILIBRAR A ALIMENTAÇÃO
Na maioria das vezes, essa chamada fome emocional acontece sem nos darmos conta. Quando estamos distraídos em frente à TV, um pacote de bolachas ou uma caixa de chocolate pode desaparecer em questão de minutos. Isso acontece porque não estamos prestando atenção plena àquela atividade de comer, nem ao que estamos sentindo naquele momento.

 

Uma das formas de ter um controle sobre essa fome emocional é manter um diário com o registro do que se come e relacionar isso aos horários e sentimentos do momento. Dessa forma, é possível descobrir padrões e identificar potenciais gatilhos.

 

Algo semelhante é defendido pelo mindful eating, o movimento que convida as pessoas a direcionarem sua atenção plena ao ato de se alimentar. Veja aqui 4 passos para comer com atenção.

 

De acordo com o The Center for Mindful Eating, quem come de maneira consciente fica mais alerto para os sinais físicos de fome e saciedade e sabe quando é o momento de começar e parar de comer.

 

Outra forma de identificar a fome emocional é quando ela aparece momentos após você ter almoçado ou jantado bem. “Você continua querendo mais e mais, muitas vezes comendo até estar desconfortavelmente empanturrado. A fome física, por outro lado, não necessita que você coma até sentir que está empaturrado. Você sentirá que está satisfeito quando seu estômago estiver cheio, mas sem a sensação de desconforto”, exemplifica a psicóloga Valeria Lemos.

 

mulher com uma colher na boca

A fome emocional aparece mesmo quando estamos satisfeitos
Uma boa forma de evitar a busca da comida por razões emocionais é criar um plano de ação o faça alcançar o conforto interno. Preencher o tempo e se distrair com outras atividades prazerosas, como se exercitar ou fazer alguma atividade manual, são estratégias que costumam funcionar.

 

Os nutricionistas também recomendam não seguir dietas restritivas, que cortam grupos inteiros de alimentos, pois elas podem gerar um efeito contrário ao desejado, aumentando o impulso pelo alimento restrito e podendo gerar um risco de comê-lo em excesso.

 

Em vez disso, é mais aconselhável equilibrar a dieta comendo de tudo que se tem vontade, mas em quantidades reduzidas.


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