Levar a vida com positividade, um dos segredos dos longevos / Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
Zonas azuis: médico revela segredos da longevidade para chegar aos 100 anos.
As Zonas Azuis são lugares em que os moradores superaram a expectativa média de vida.
Os longevos compartilham de práticas em comum.
Enquanto algumas pessoas concentram os esforços somente na alimentação saudável e na prática de exercícios, há outros ingredientes importantes a serem colocados em ação para completar e ultrapassar os 100 anos de idade, conforme explicou Tim Lebens, médico britânico especialista em otimização da saúde.
Em entrevista à revista Tatler, o profissional contou que o grupo pertencente ao Blue Zones (Zonas Azuis, em tradução do inglês) costuma “flexionar os músculos” sociais, mentais e físicos diariamente.
Para chegar à conclusão, Lebens avaliou pontos em comum de moradores de Okinawa, no Japão; Icaria, na Grécia; Sardenha, na Itália; Nicoya, na Costa Rica; e Loma Linda, nos Estados Unidos.
Famosas pela longevidade dos habitantes, as cidades receberam o título de Blue Zones.
Nesses locais, pequenas comunidades de pessoas superaram a expectativa média de vida.
O médico analisou o estilo de vida dos longevos das Zonas Azuis e percebeu que os ensinamentos deles vão além de hábitos saudáveis, como uma dieta rica em verduras, frutas e legumes.
Dotados de experiências, os moradores com mais de 80 anos das cidades descritas são verdadeiras inspirações e referências nos quesitos viver bem e tornar-se alguém melhor (e grato) ao mundo.
Zonas azuis – Onde a longevidade é uma realidade
O médico Tim Lebens fez uma lista de oito ações para conquistar uma vida longa e satisfatória.
Confira!
1 – De acordo com o especialista, o homem é um ser social e, às vezes, a importância do sentimento de intimidade pode ser negligenciada.
A realidade descrita não ocorre nessas comunidades, em que há estreitas relações Inter geracionais, atualmente deixadas de lado por conta da rotina acelerada.
“Devemos nutrir nosso relacionamento com os outros e reservar um tempo para gastá-lo com crianças pequenas e nossa geração mais idosa”, reforçou o médico.
2 – Espiritualidade ou fé são, aparentemente, pontos pertinentes das comunidades da Zona Azul.
Aos agnósticos, uma alternativa para encontrar um propósito na vida pode ser o trabalho, caridade ou descoberta de um interesse pessoal pelo qual se apaixonou ou o fez ingressar em um grupo.
“Trata-se realmente de ancoragem mental, disciplina e apoio social”, explicou Lebens sobre o elo em comum entre os longevos.
3 – Cerque-se de pessoas saudáveis, pois será contagiado com eles.
Tenha pelo menos três amigos íntimos com uma influência positiva sobre você e com bons hábitos de vida.
Segundo o especialista, estudos comprovaram que ter laços sociais fortes podem proporcionar mudanças positivas no coração, cérebro e imunidade, ajudando a evitar doenças crônicas.
4 – Pode não parecer, mas a expressão “ver o copo meio cheio em vez de meio vazio” tem muito a ensinar e colaborar com o bom funcionamento do organismo, por gerar positividade.
Para avaliar os acontecimentos da vida com otimismo, vale começar por meio de várias técnicas que, com o tempo, ativam o cérebro automaticamente (conhecido como neuroplasticidade).
Como estímulo, Lebens indica fazer um exercício simples diariamente: “Todas as manhãs e noites, pense em três razões pelas quais você é grato.
Podem ser pequenos ou grandes motivos, como um sorriso trocado com um amigo ou alguma pessoa importante de sua vida”.
5 – Ikigai é uma palavra japonesa que significa “razão de viver”.
Os membros da comunidade Okinawa possuem um ikigai e concentram os esforços diários nele.
Uma idosa vê o bisneto como uma força motriz, capaz de incentivá-la a acordar todas as manhãs para ver o crescimento do descendente.
6 – Tenha um animal de estimação.
O pet é uma ótima companhia e desperta o surgimento do amor incondicional.
Mas não só isso. O bichano torna o dono uma pessoa mais ativa.
Segundo estudos, ter um cão diminui a probabilidade em 50% do proprietário ser obeso, por incentivar a fazer caminhadas diárias e, consequentemente, adotar uma rotina saudável.
7 – Em alguns países, a jardinagem passou a ser prescrita como uma terapêutica em casos de ansiedade e depressão.
Colocar as mãos na terra é um dos hobbies dos longevos.
A prática traz benefícios à saúde física e mental, além de ser uma atividade física de baixo impacto.
Dados de uma pesquisa australiana comprovaram que homens e mulheres com 60 anos reduzem em 36% o risco de demência se forem jardineiros nas horas vagas.
8 – Fazer o bem sem olhar a quem. A pessoa contemplada tende a ficar contente com a ajuda recebida.
Os benefícios se estendem também a quem colabora com os necessitados.
Segundo o médico, os voluntários de ações sociais diminuem os riscos de apresentar doenças cardíacas e a pesar menos.
A filantropia aumenta os níveis de satisfação com a vida e, indiretamente, reduz os índices de estresse.
Fonte: https://avovo.com.br/zonas-azuis-onde-a-longevidade-e-uma-realidade/
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